10 fotos chocantes da crise dos imigrantes

Em 2004, Juan Medina trabalhava nas Ilhas Canárias como fotógrafo de um jornal local quando um pequeno bote se aproximou da praia. A embarcação estava repleta de homens vindos da África Subsaariana. Medina acompanhava uma patrulha da guarda costeira espanhola que se preparava para abordar o bote, quando a pequena embarcação começou a afundar. Nove dos passageiros morreram afogados. Juan Medina retratou o resgate dos malineses Isa e Ibrahim, dois dos 29 sobreviventes. A foto foi premiada em 2005 ganhando o prestigioso World Press Photo Award.
As Ilhas Canárias eram, em 2006, um dos principais destinos dos imigrantes africanos. Nessa época, milhares de pessoas se arriscavam numa perigosa travessia de cerca de mil quilômetros pelo Oceano Atlântico, partindo do Senegal e Mauritânia. Muitos chegavam famintos e desidratados. Nesta foto, feita na praia de La Tejita, em Tenerife, turistas tentam ajudar um jovem imigrante. A foto de Arturo Rodriguez ganhou o World Press Award em 2007.
Ceuta e Melilla, dois pequenos enclaves espanhóis na costa mediterrânea do Marrocos, são ambos destinos frequentes de imigrantes interessados em chegar à Europa. A foto feita por José Palazón, mostra um golfista em meio a uma tacada, observado por um grupo de imigrantes (e um policial) sobre a cerca de arame farpado que demarca a fronteira continental. Palazón disse ao jornal espanhol 'El País' que fez a foto ao perceber o simbolismo da imagem.
Ao cruzarem o Golfo de Adén vindos do Djibuti, muitos imigrantes compram no mercado paralelo um chip de celular da vizinha Somália. John Stanmeyer fez esta foto que mostra vários imigrantes tentando conseguir captar o sinal para seus celulares. "Creio que a foto indicava a universalidade de todos nós", disse Stanmeyer. A foto foi vencedora do World Press Award de 2014
Para chegar ao Mediterrâneo muitos imigrantes têm que fazer uma viagem exaustante por terra, suportando um calor extremo e a poeira intensa, como neste lugar isolado em um ponto da fronteira entre a Síria e a Turquia. Ao invés de pessoas, o fotógrafo Murad Sezer, da Reuters, encontrou apenas um berço abandonado. 'Para mim, aquilo era a própria representação de uma certa desesperança', disse ele
Massimo Sestini fez esta foto a bordo de um helicóptero da Marinha italiana, em 2014. A imagem, feita em um ponto do Mediterrâneo entre a Líbia e a Itália, era praticamente uma repetição da foto feita no ano anterior, ou seja, mostrava que nada tinha mudado. Mas também era mais impressionante. "De um ângulo perpendicular, consegui a visão de 500 pessoas amontoadas num bote, onde passaram cinco dias e cinco noites, olhando para cima e pedindo ajuda ", disse ele. A foto foi vencedora do World Press Photo Award de 2015
Em abril deste ano, um barco de madeira que transportava imigrantes vindos da Síria e da Eritreia se chocou com as pedras ao tentar aportar na ilha grega de Rodes. Ao ver o acidente, o sargento do Exército grego Antonis Deligiorgis, que tomava um café com sua esposa defronte da praia, mergulhou no mar e conseguiu resgatar 20 dos 39 tripulantes. Um das resgatadas, grávida, deu à luz um menino que resolveu chamá-lo com o nome de seu salvador
Esta foto mostra o sírio Laith Majid, com sua filha no colo, ao desembarcar de um bote de borracha usado para atravessar da Turquia para a ilha grega de Kos. O bote estava defeituoso e esvaziava constantemente sob risco de naufragar. A expressão de alívio do pai não passou despercebida. 'A dor de todo um país refletida no rosto de um pai', foi a mensagem que @MaryFitzger postou em sua conta de Twitter após a imagem ter sido publicada pelo 'The New York Times'.
Em agosto, um dia depois da Macedônia fechar suas fronteiras aos imigrantes, após ter declarado estado de emergência, os que tentavamentrar naquele país tiveram que enfretar os guardas que cumpriam as ordens de impedi-los. A foto feita por Darko Vojinovic, da AP, capturou a expressão de desespero do jovem pai. Na semana anterior, as autoridades macedônias registraram a entrada de 39 mil imigrantes que cruzaram o país em rota para a Hungria, país membro da União Europeia
Na semana passada, esta fotografia acabou gerando milhares de compartilhamentos nas redes sociais. 'Quem era o homem que vendia canetas para sustentar sua família em Beirute? E como as pessoas podiam ajudá-lo?' Ele foi identificado como Abdul Halim Attar, um refugiado palestino que vivia no campo de Yarmuk, na Síria. Um campanha para ajudá-lo recolheu US$ 181 mil. Attar quer agora criar um fundo para a educação de crianças sírias.

Comentários