Fotógrafa surfista percorre o mundo atrás de ondas perfeitas

Para fazer uma foto submarina é preciso entrar em um mundo onde há turbulência e calma, impacto e paciência, um mundo no qual a resistência e habilidade física precisam trabalhar juntas com o tempo, o clima, as ondas e o surfista. E este é o trabalho da fotógrafa britânica Lucia Griggi, que percorreu o mundo tentando flagrar a onda perfeita com sua câmera embaixo d'água. Na Foto acima: "Esta foto tem um centro magnético, de gravidade, que atrai as pessoas. Fiz no final de 2012 e já ganhou muitos prêmios."
"Quando você entra na água para uma sessão de duas a três horas, em geral, volta com um par de fotos que funcionam. Em alguns momentos pode ser desanimador, por isso é preciso muita paixão e muita determinação."
"Para ter uma boa foto, uma que seja publicável, todos os elementos precisam coincidir: as ondas, o clima e conectar o tempo com o surfista. Também há um pouco de sorte, mas o principal é a determinação."
"Definitivamente, você precisa manter os olhos bem abertos e deve aprender uma habilidade especial. Há muita turbulência embaixo d'água e quando a onda quebra e chega muito rápido, se você não nadar rápido, ela te puxa e chacoalha."
"É preciso encontrar uma forma de passar pela onda e poder voltar para a superfície. Mas, logo você tem que fazer isto quatro ou cinco vezes, dependendo do número de ondas que chegam até você. Pode ser muito cansativo, um exercício físico muito exigente."
"Na prática, você espera na zona de impacto da onda até o momento em que a onda quebra em cima de você e o surfista vem. É preciso ter consciência de que a mãe natureza sempre pode ganhar, é preciso criar um laço com o oceano e trabalhar com ele, e não contra ele."
"Você vai apenas com um par de nadadeiras, a câmera na mão e nada até a onda. Vai ao lado do surfista e, cada coisa que ele fizer, você também faz. A diferença é que, ao invés de ter uma prancha, você tem uma câmera e move os pés."
"Gosto de surfar e, quando me formei na universidade, decidi viajar para buscar ondas pelo mundo. Também gostava de documentar minhas viagens e o fazia com a câmera velha de meu pai. Alguns meios locais, pequenas revistas, publicaram minhas fotos."
"Na verdade, eu aproveitava. Logo investi em um equipamento mais profissional e, ao invés de estar surfando o tempo todo, gostava de estar na água e fazer fotos dos surfistas, mas de um ângulo diferente." (Todas as imagens: ©luciagriggi.com)

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