Mostra transforma investigação forense em arte

O museu Wellcome Collection, em Londres, acaba de abrir suas portas para uma nova exposição, que explora a história, a ciência e arte da medicina forense.
Fotografias, documentos forenses e outros tipos de obras de arte formam a mostra "Medicina Legal: A Anatomia de um Crime".
O público pode ver de perto uma cena de crime na mostra e conhecer diferentes técnicas usadas para coletar evidências, incluindo uma câmera usada no famoso caso do Jack, o Estripador.
A exposição traz ainda diversos insetos, que pode revelar pistas cruciais durante uma investigação. Conhecendo o ciclo de vida das espécies, entomologistas forenses podem determinar a hora da morte de uma vítima.
O ambiente de um laboratório também foi recriado no museu, onde os visitantes podem ouvir a uma gravação com sons autênticos de uma autópsia.
'A investigação forense nos lembra da extraordinária capacidade do corpo humano em deixar pistas que vão além da morte', afirma Ken Arnold, diretor de programação do Wellcome Collection.
Armas, ilustrações de ferimentos e cadáveres são essenciais em uma investigação. Aqui, uma parte de um cérebro humano mostra o caminho percorrido por uma bala.
Uma seção dedicada a necrotérios traça a história dessa ciência, com objetos como esse texto chinês do século 13, frequentemente citado como um dos primeiros guias de patologia forense.
A mostra também foca na arte de identificar vítimas, com técnicas usadas para retirar impressões digitais e outras evidências na cena do crime.
Para homenagear os mortos da Guerra da Bósnia, a artista Sejla Kameric Guerra da Bósnia criou uma câmara mortuária; os visitantes podem entrar nela e ver fotos de valas comuns cheia de corpos, além de vídeos que mostram os esforços que vêm sendo feitos para identificar as vítimas do massacre.
O conflito na ex-Iugoslávia é o tema do artista Jenny Holtzer. Em alguns dos ossos, há aneis de prata onde estão gravados relatos perturbadores de violência sexual cometida na época.
A mostra também traz um memorial assinado pela artista mexicana Teresa Margolles, que usa partes de um chão azulejado onde uma amiga sua foi encontrada morta. A exposição fica em cartaz até 21 de junho.

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